Não que as coisas tivessem sido planejadas. Não começo tudo não passava de um cuidar, de um estar perto, de uma "lance" chamado carinho mútuo. E foi assim, que durante uma tarde de agostos, conseguimos chegar ao ápice do nosso romance. O zíper foi aberto com muito cuidado e logo a calcinha cor de rosa estava jogada em algum lugar do quarto. A velha pintura do quarto parecia mais ainda verde e mais intensa, os poros se abriram e a vontade de que aquele momento não não acabasse era eterna. Éramos tão infantis, tão jovens, tão apaixonados, tão loucos um pelo outro. E por um determinado tempo continuamos a nos amar como se nada mais existisse. E foi esse o nosso maior pecado, acreditar que fora desse mundo restrito nada mais existia. Acabou-se agosto, os ventos sopraram e o que era eterno, não durou uma estação. E assim, são as grandes paixão, quando um dia vão embora são levados pelo vento. São levadas pelos ventos de agosto.