terça-feira, 14 de agosto de 2012

Os ventos de agostos

Não que as coisas tivessem sido planejadas. Não começo tudo não passava de um cuidar,  de um estar perto, de uma "lance" chamado carinho mútuo. E foi assim, que durante uma tarde de agostos, conseguimos chegar ao ápice do nosso romance. O zíper  foi aberto com muito cuidado e logo a calcinha cor de rosa estava jogada em algum lugar do quarto. A velha pintura do quarto parecia mais  ainda verde e mais intensa, os poros se abriram e a vontade de que aquele momento não não acabasse era eterna. Éramos tão infantis, tão jovens, tão apaixonados, tão loucos um pelo outro. E por um determinado tempo continuamos a nos amar como se nada mais existisse. E foi esse o nosso maior pecado, acreditar que fora desse mundo restrito nada mais existia. Acabou-se agosto, os ventos sopraram e o que era eterno, não durou uma estação. E assim, são as grandes paixão, quando um dia vão embora são levados pelo vento. São levadas pelos ventos de agosto.



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