domingo, 4 de setembro de 2011

Tudo parou no tempo


As ferrugens fixaram-se no relógio
E devoraram as horas
E sem horas não se pode contar o tempo.
O tempo deixou de existir
E tudo parou no tempo.

As coisas pararam subitamente,
O arco-íris não desapareceu do céu,
Os carros ficaram no mesmo lugar,
As avenidas repletas de pessoas silenciaram-se.

E os beijos?
Os beijos eternizaram-se.
E sem existir o tempo,
Apenas os poetas estão vivos.

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